terça-feira, 14 de junho de 2011

Ração humana, NÃO!

Informe Anvisa: Esclarecimentos sobre a “ração humana”

Finalmente a Anvisa se posicionou frente ao absurdo da denominação "ração humana" que estava sendo utilizada por diversas empresas para identificar um produto composto por misturas de cereais, farinhas, farelos e outros ingredientes.

Além disso,  estes produtos não se enquadravam em um critério de fiscalização e por isso não se tinha certeza da qualidade e quantidade de nutrientes, visto que tem a consistência de uma farinha, onde não se consegue identificar cada ingrediente.



O novo Regulamento Técnico estabelece as características mínimas de qualidade e, segundo a ANVISA, a expressão “RAÇÃO HUMANA” não pode ser utilizada como denominação de venda, pois está em desacordo à Resolução ANVISA RDC n. 259/2002.

Confira na íntegra: Informe Técnico n. 46, de 20 de maio de 2011

Além disso, não será mais permitido que utilizem alegações de propriedades terapêuticas e ou medicamentosas, tais como: “excelente regulador intestinal”; “controla o colesterol e os triglicerídeos”; “estabiliza os níveis de açúcar no sangue”; “auxilia no combate do diabetes e da obesidade”; “combate anemia, fadiga e reumatismo”; “ajuda na desintoxicação do organismo”.

Também não estão permitidas alegações relacionadas a emagrecimento ou declarações que indiquem o uso do produto para substituir refeições, tais como: “sacia a fome”, “ajuda a emagrecer e manter o peso”, “auxilia no emagrecimento”, “o ideal é que pelo menos uma das refeições seja substituída
pelo produto”.

Considerações nutricionais importantes (Anvisa):

O consumo de produtos com alto teor de fibras, como misturas de
cereais, farinhas e farelos, deve estar inserido no contexto de uma alimentação
diversificada e saudável. 
  • É importante ressaltar que o consumo desses produtos em detrimento a outros alimentos ou para substituir refeições pode trazer prejuízos à saúde, pois não fornecem todos os nutrientes necessários a uma alimentação adequada.

  • De acordo com os princípios de uma alimentação saudável, conforme Guia Alimentar da População Brasileira (BRASIL, 2006), todos os grupos de alimentos devem compor a dieta diária. A diversidade dietética que fundamenta o conceito de alimentação saudável pressupõe que nenhum alimento específico – ou grupo deles isoladamente – é suficiente para fornecer todos os nutrientes necessários a uma boa nutrição e conseqüente manutenção da saúde. 

  • Mesmo as dietas para perda ou manutenção do peso corporal, que exigem redução calórica, devem atender ao padrão alimentar e nutricional considerado adequado e o consumo de produtos com esta finalidade deve ser orientado por nutricionista ou médico.

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