Os
transgênicos estão presentes no dia-a-dia dos consumidores de todo o mundo há
mais de 25 anos. Alimentos transgênicos são aqueles que foram geneticamente
modificados, ou seja, receberam um ou mais genes de outros seres vivos para alterar
suas características.
Recentemente,
o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) elaborou um documento com o
intuito de informar os consumidores brasileiros em relação aos alimentos
transgênicos. Segundo o CIB, estima-se que 100% de todos os alimentos
processados e bebidas contenham pelo menos um ingrediente derivado de soja ou
milho, que podem ser transgênicos. Além disso, mais de 70% da produção nacional
de soja é geneticamente modificada.
Veja exemplos de alimentos
que contém ingredientes transgênicos:
• Queijos
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• Cerveja
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• Embutidos
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• Vinho
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• Picles
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• Sucos
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• Pães e massas
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• Adoçantes
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Cientistas
de todo o mundo já estão desenvolvendo plantas biofortificadas, geneticamente
modificadas para possuir mais vitaminas, proteínas e outras substâncias
importantes para a saúde, como as que atuam na redução do risco de doenças
cardiovasculares, materno-infantis, gastrointestinais, oculares e até
diferentes tipos de câncer.
As
próximas novidades serão:
• Morangos enriquecidos com
vitamina C
• Óleos de canola e soja com
mais gordura monoinsaturada, que ajuda a reduzir o colesterol (LDL)
• Batatas ricas em proteínas
e vitaminas
• Trigo com mais ácido
fólico, que contribui para aumentar a defesa imunológica do organismo
• Milho e soja com mais aminoácidos,
que formam as proteínas
Diversas organizações internacionais apoiam a
biotecnologia e os produtos derivados do uso dessa técnica. Entre elas, estão a
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) e a
Organização Mundial da Saúde (OMS). O
CIB garante: “Depois de anos de consumo de transgênicos, não restam dúvidas
sobre a sua segurança para a saúde e o meio ambiente.”
Porém,
existem opiniões divergentes. O Greenpeace defende que a introdução de
transgênicos na natureza expõe nossa biodiversidade a sérios riscos, como a
perda ou alteração do patrimônio genético de nossas plantas e sementes e o
aumento no uso de agrotóxicos. Além de tornar a agricultura e os agricultores
reféns de poucas empresas que detêm a tecnologia, e pôr em risco a saúde de
agricultores e consumidores.
No Brasil,
o artigo 40 da Lei de Biossegurança (11.105/05) prevê a rotulagem dos
transgênicos conforme o Decreto nº 4680/03. Esse decreto determina que todos os
alimentos ou ingredientes alimentícios com presença de organismos geneticamente
modificados, acima de 1% da composição final do produto, sejam rotulados. Sendo
assim, o consumidor toma posse de seu direito de saber o que realmente está
comprando.
Todo
alimento geneticamente modificado só é liberado para consumo depois de passar
por uma série de testes que avaliam a segurança para o meio ambiente e para a
saúde humana e animal. Porém, ainda não existem estudos de grande porte,
avaliando um número considerável de indivíduos, que possam comprovar a total
ausência de riscos para a nossa saúde.
Saiba
mais em:
Matéria publicada no
Jornal Alto Petrópolis n°267, em agosto de 2011.
Karine
Zortéa
Nutricionista
do Instituto de Medicina Preventiva do Hospital Mãe de Deus
CRN2 8022
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