Hormônios são culpados pela eterna briga com a balança
Pessoas que se submetem a dietas restritivas têm mais dificuldade para não recuperar o peso perdido. A culpa, segundo estudo, seria o desbalanço entre os hormônios que controlam o apetite.
Quem tenta emagrecer, mas depois recupera todo o peso perdido, pode culpar o desequilíbrio hormonal pelo insucesso na briga com a balança. É o que sugere um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, publicado nesta quinta-feira pelo New England Journal of Medicine.
De acordo com o estudo australiano, quando uma pessoa perde peso, especialmente em uma dieta mais restritiva, o organismo altera a produção de hormônios: ajusta para a perda de reservas de gordura e, ao mesmo tempo, promove uma forte vontade de comer mais para suprir as reservas. Ou seja, o desejo de emagrecer não vence a ordem química que diz: coma mais.
Por exemplo, os níveis do hormônio grelina aumentaram bastante após a perda de peso, mas continaram aumentando durante todo o acompanhamento. Por outro lado, os níveis do hormonio leptina, caíram.
LEPTINA
A leptina avisa ao cérebro que já existe um excesso de gordura acumulada e que está na hora de moderar a ingestão de comida.
GRELINA
A grelina é produzida no estômago e no intestino e sinaliza, no cérebro, a vontade de comer.
A leptina avisa ao cérebro que já existe um excesso de gordura acumulada e que está na hora de moderar a ingestão de comida.
GRELINA
A grelina é produzida no estômago e no intestino e sinaliza, no cérebro, a vontade de comer.
De acordo os autores, a pesquisa mostra que, quando as pessoas perdem peso, a reação natural dos hormônios é fazer com que elas recuperem esse peso. "
Novo hormônio imita efeito emagrecedor de exercício físico
Batizado de 'irisin', hormônio produzido durante atividade física poderia trazer o mesmo efeito benéfico.
Um novo hormônio, que é ativado durante a atividade física, pode ser uma promessa no combate à obesidade e também às doenças que aparecem em decorrência dela, como diabetes e problemas cardiovasculares. Batizado de 'irisin', o hormônio é idêntico em camundongos e humanos e é capaz de promover uma espécie de energia que queima gordura.
"O hormônio traz uma mensagem do músculo para o tecido adiposo", disse o autor do estudo, Pontus Bostrom, ao site da New Scientist.
Fontes:
Revista Veja. Disponível em: