quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Série Perigos do Verão: Intoxicação alimentar

Matéria publicada no Jornal Alto Petrópolis n°261, em fevereiro de 2011, sob minha autoria.







No verão, as altas temperaturas podem deteriorar facilmente os alimentos provocando danos à saúde das pessoas. Além disso, nesta época há aumento da transpiração com o objetivo de manter a temperatura corporal, levando a perda de água e sais minerais.  Se não houver uma reposição adequada através da alimentação e hidratação, pode levar à desidratação. Outra questão fundamental é que a proximidade do verão leva muitas pessoas a aderirem a dietas milagrosas, que prometem resultados quase imediatos. A série de matérias “Perigos do Verão” abordará, mensalmente, estes 3 assuntos: intoxicação alimentar, desidratação e dietas milagrosas. 

Iniciaremos, neste mês, com o tema intoxicação alimentar. Saiba um pouco mais:

Intoxicação alimentar

Os registros do Ministério da Saúde indicam que a maior parte das doenças transmitidas por alimentos ocorre nas residências e está relacionada ao incorreto manuseio dos alimentos nesse ambiente. Os alimentos perecíveis são mais suscetíveis, como carnes, leite, iogurte, presunto, queijo, molhos, peixes, etc. Portanto, o cuidado deve ser desde a aquisição de alimentos, modo de preparo, até a conservação. 

Existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos, incluindo a intoxicação alimentar, e a maioria são infecções causadas por micróbios prejudiciais à saúde, parasitas ou substâncias tóxicas. Os sintomas mais comuns são vômitos e diarréias, dores abdominais, dor de cabeça, febre, alteração da visão, olhos inchados, entre outros. Em adultos, a duração é de poucos dias e não deixa seqüelas, mas para as crianças, mulheres gestantes, idosos ou pessoas doentes, as conseqüências podem ser mais graves, podendo inclusive levar à internação hospitalar ou morte.

Normalmente, os parasitas, as substâncias tóxicas e os micróbios prejudiciais à saúde entram em contato com o alimento durante a manipulação e preparo, devido à falta de cuidados com a higiene destes alimentos. É então que ocorre a contaminação.

                                                                 Contaminação por parasitas

Os parasitas como: ameba, giárdia e vermes podem estar presentes no solo, na água e no intestino dos homens e dos animais, podendo então contaminar os alimentos e causar doenças.

Contaminação por micróbios

Se não forem tomados alguns cuidados, os micróbios que contaminam o alimento podem se multiplicar rapidamente e causar doenças. Eles preferem temperaturas de verão ou do nosso corpo (em torno de 37ºC).

Em uma enquete realizada pela ANVISA, 32% das pessoas responderam que nunca observam se a temperatura dos equipamentos de conservação confere com a indicada no rótulo dos alimentos.

Você sabia?

- Há micróbios espalhados por todo o nosso corpo. A maior quantidade está no nariz, na boca, nos cabelos, nas mãos (inclusive unhas), nas fezes, no suor e no sapato.
 
- Pesquisas indicam que a metade das pessoas esquece-se de lavar as mãos quando sai do banheiro.

- Há mais micróbios em uma mão suja do que quantidade de pessoas em todo o planeta.

- 1 mm de cabelo pode conter até 50.000 micróbios.

- É um grande engano acreditar que os micróbios sempre alteram o sabor e cheiro dos alimentos. Alguns micróbios patogênicos multiplicam-se nos alimentos silenciosamente, ou seja, sem modificar os aspectos e textura normais.

O que fazer para prevenir as doenças transmitidas por alimentos?

- Lave as mãos depois de ir ao banheiro e antes de ter contato com qualquer alimento.
 
- Higienize todos os equipamentos, superfícies e utensílios, como facas ou tábuas de corte.
 
- Proteja as áreas de preparação e os alimentos de insetos, pragas e outros animais.

- Evite o contato entre alimentos crus e cozidos, utilizando equipamentos e utensílios diferentes para cada um.

- Cozinhe bem os alimentos. Ao reaquecer alimentos já cozidos, assegure-se que todas as partes sejam aquecidas igualmente (acima de 70° C).

- Não deixe alimentos cozidos por mais de duas horas à temperatura ambiente.

- É importante saber se a geladeira ou o balcão de self-service estão na temperatura certa. Geladeira – abaixo de 5ºC; Balcão de self-service – acima de 60ºC.

- Lave as frutas e vegetais antes de consumi-los.

- Não utilize alimentos com prazo de validade vencido.

Medidas simples, como lavar as mãos, conservar os alimentos em temperaturas adequadas e o cozimento correto evitam a contaminação dos alimentos.

           Observe se o local em que você compra ou consome alimentos se preocupam com a higiene no preparo dos alimentos. Assim você e sua família poderão comer com mais tranqüilidade.

Fontes de consulta:
Festas de fim de ano e verão, dicas de alimentação: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/alimentos_festas/cozinhe_alimentos.htm


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Energy Drinks Pose Serious Health Risks for Young People

Emma Hitt, PhD

From Medscape Medical News




February 14, 2011 — A lack of research and regulation associated with energy drinks, combined with reports of toxicity and high consumption, may result in potentially dangerous health consequences in children, adolescents, and young adults, according to a review of scientific literature and Internet sources.

Sara M. Seifert, BS, and colleagues from the Department of Pediatrics and the Pediatric Integrative Medicine Program at the University of Miami, Leonard M. Miller School of Medicine in Florida, reported their findings in a report published online today and in the March print issue of Pediatrics.

According to the review, self-report surveys indicate that energy drinks are regularly consumed by 30% to 50% of children, adolescents, and young adults. The current trial questions the use of energy drinks in these young populations, as they provide no therapeutic benefit and are associated with risks for serious adverse health effects.

The authors note that because energy drinks are categorized as nutritional supplements, they avoid the limit of 71 mg caffeine per 12 fluid ounces that the US Food and Drug Administration has set for soda, as well as the safety testing and labeling that is required of pharmaceuticals. As a consequence, energy drinks can contain as much as 75 to 400 mg caffeine per container, with additional caffeine not included in the listed total often coming from additives such as guarana, kola nut, yerba mate, and cocoa.

"Of the 5448 US caffeine overdoses reported in 2007, 46% occurred in those younger than 19 years," the authors note.


Advertising, Risky Behavior Compound Overdose Potential
 
The authors suggest that youth-aimed advertising of energy drinks and a tendency for risky behavior help compound the potential for caffeine overdose in young people. 

The authors recommend a maximum caffeine intake of 2.5 mg/kg per day for children and 100 mg/day for adolescents, although safe levels of consumption of other energy drink ingredients have not been established.

Although US poison centers have only recently begun tracking toxicity of energy drinks, Germany, Australia, and New Zealand have reported numerous adverse outcomes associated with energy drink consumption. These include liver damage, kidney failure, respiratory disorders, agitation, confusion, seizures, psychotic conditions, nausea, vomiting, abdominal pain, rhabdomyolysis, tachycardia, cardiac dysrhythmias, hypertension, myocardial infarction, heart failure, and death.

Drug interactions and dose-dependent effects remain largely unknown, although the current study reports that the ingredients 5-hydroxy tryptophan, vinpocetine, yohimbine, and ginseng have the potential for drug interactions that could result in adverse effects.

Seifert and colleagues also describe populations at highest risk for adverse health effects from energy drink consumption; these include children, adolescents, and young adults with cardiac conditions, attention-deficit hyperactivity disorder, eating disorders, and diabetes, and those taking other medications or consuming alcohol. The researchers also note that the caffeine in energy drinks may interfere with bone mineralization during a critical period of skeletal development.




Pediatrics. 2011;127:511-528.

Matéria adaptada de Mesdcape Medical News
Disponível em: http://www.medscape.com/viewarticle/737311?sssdmh=dm1.665971&src=nldne